Caos, cacos e vasos

Estando à espreita do primor,

eu pude perceber que não tive

vigilância à altura do amor.

Separa-me, ó tu que vives,

para eu viver além da dor!

Apelo para que não me deixes.

Por eu não conseguir esse sublime,

com esforços humanos, é que eu,

neste momento, rendo-me a ti.

Tu, ó Cristo, tens o poder dos céus...

Foi-te dado autoridade, me deste

quando, aos teus, dissestes: vão!

Por causa da ordem que deste,

o evangelho arde o nosso coração.

Irmãos amados, nele há graça

para vencermos qualquer batalha!

Eis por que se encham de raça,

E mãos à obra, que Ele não falha.

Não sejamos arrogantes, caso contrário,

ele nos chamará de caco entre outros...

Porém se humildes, então, seremos,

entre os cacos, vasos intermediários.

Reconhecer que somos perdoado

pelo Sangue, não é obra do acaso;

e, sim, de Deus, que faz Cristo coroado.

Eis o porquê a luz do conhecimento

da glória divina habitou em nosso ser,

por meio desse ilustre nascimento.

ele, o Cristo, é o tesouro do nosso ser!

Quem somos nós senão fragmentos

do Oleiro que tem a excelência do poder.

Ah, meu Senhor, por não me pertencer

a excelência do primor, eu me entristeço

até ver que me convém conhecer

a quem, por mim, pagou um alto preço.

Thiago Feitosa

Thiaguinho

@ministerio_poetico