A eternidade
Não é o fim da ciência a escuridade.
Semelhante, pois, o reflexo da Lua
sobre o mar à noite é a eternidade;
em tua tese, portanto, não a inclua.
Há de vir o amanhecer e a claridade
de um imenso mar que perpetua
a descoberta de uma curiosidade,
isto é: após a morte a vida continua.
O dia e a noite nos mostram brevidade
de um ciclo vitalício na linha contínua
de vício, retidão, tristeza e felicidade...
Existe algo que essa duração não possua?
Na ampulheta, não se põe a eternidade;
ora, onde deixá-la se não for na rua?!
Filósofos e teólogos não têm à oralidade
que o poeta tem de fazê-la ficar nua!
Thiago Feitosa
Thiaguinho
@ministerio_poetico