Thiaguinho Ministério Poético
Ministro do Deus vivo no evangelho de Jesus Cristo
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O negrume da flor
Pus-me de cócoras,
Olhei à minha volta
E observei: O meu amor
É semelhante a esta flor!

Arranquei-lha da terra,
Levantei-me e fui à querra!
Eu não sou de porte atlético,
Senão mancebo poético.

Estou tenso à beça;
Não me passa pela cabeça
O clima de já ganhou,
Senão o de já vaiou ...

Tê-la-ei em meus braços?
Seguir-me-a-rá seus passos?
Ser-me-ei poeta amado?
Ser-nos-emos eternos namorados?

Cheguei à casa de seus pais,
Percebi que havia pessoas sem paz,
Sem alegria, sem brilho ou cor;
Apenas insuportável odor.

Trêmulo, pus-me a chorar ...
Angustiado, pus-me a orar:
Por que os meus planos
Se tornam odientos há anos!?

Que ódio! O que era para o início
Tornou-se-me o princípio
De uma depressão profunda!
Isso não oculta mente confusa.

Horas antes, o tic tac do relógio
Ocultou-me odiável velório,
Choros, desesperos e prantos.
Pensei: Feliz a verei - Ledo engano! -

22 horas após desse ocorrido
Eis-me aqui contrito
Sem acreditar que não a vi ...
Oh! Vi-lha, porém, sem vi ...

Oh, não! Oh, não! Não acredito!
Arrancaste-me o dito:
A flor que era sorriso de cristal
Se consolidou silêncio sepulcral.

Ministério_Poético
Enviado por Ministério_Poético em 12/03/2020
Alterado em 01/04/2020
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